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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Resumo do primeiro debate Band entre os presidenciáveis

A Band realiza na noite desta terça-feira o primeiro debate entre os candidatos à presidência
Acompanhe ao vivo a retransmissão do Portal Folha  e Band e veja a candidata que já fez muito e fará muito mais  e o candidato do partido que afundou o Brasil que só sabe criticare inventar boatos

Resumo do Debate
Dilma foi a grande vencedora do debate na Band. Marina perdeu. Aécio foi apagado.

Há duas maneiras de analisar um debate eleitoral. Uma é pelas idéias, e cada um que tem afinidade com seu candidato naturalmente gosta do que ele diz. Outra é tentar olhar quem ganhou e quem perdeu votos.

Dilma foi quem se saiu melhor. Saiu maior do que entrou. Foram todos contra ela, e ela se defendeu muito bem e até contra-atacou em algumas respostas ferinas. Até jornalistas do PIG ficaram surpresos com seu bom desempenho. Surpreendeu para melhor. As críticas a ela já são conhecidas pelo eleitor em verso e prosa porque são marteladas todo dia na imprensa demotucana. A firmeza e inteligência nas respostas foi novidade, que faz balançar o eleitor que ainda não tem certeza sobre seu voto. Resumindo: ganhou votos.

Marina Silva (PSB) saiu menor do que entrou. Pela primeira vez foi cobrada a dar explicações. Só deixaram de fora a questão do avião fantasma. Foi cobrada na incoerência sobre "nova política" por Aécio Neves (PSDB), no rabo preso com banqueiros por Levy Fidelix (PRTB), no neoliberalismo econômico por Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL). Marina tentou confrontar Dilma e se deu mal, na questão do Mais Médicos, da reforma política, de recursos do pré-sal para educação e saúde.

Perdeu pontos ao chamar a banqueira Neca Setúbal, do banco Itaú, de mera educadora e compará-la a Chico Mendes. Defendeu uma elite arcaica anti-trabalhista. Fugiu de responder sobre a dívida bilionária em impostos do banco Itaú. Seu discurso agradou apenas "marineiros" e banqueiros, se é que agradou. Foi evasiva sobre propostas e compromissos, como costuma ser em suas entrevistas. Decepcionou o eleitor que procurava novidade na política. Perdeu votos.

Aécio não chegou a perder votos (até porque o que ele tem são os votos anti-Dilma, e Marina conseguiu se sair pior do que ele), mas também não ganhou. Se deu mal nos embates com Dilma sobre economia. Dilma pendurou o governo FHC no pescoço dele e disse que o governo tucano quebrou o Brasil três vezes. Além disso, Aécio pareceu estar falando no plenário do Senado e não para o telespectador. Por enquanto, ficou com os votos demotucanos que tinha.

Os nanicos se sobressaíram, por serem franco atiradores e terem o mesmo espaço dos candidatos favoritos, mas por não representarem expectativa de vitória, é improvável que atraiam muitos votos.
Análise de Paulo Nogueira, DCM
1) Dilma apanhou de todos os lados. Bateu em Aécio e poupou Marina, que não a poupou.
De uma maneira geral, se defendeu bem, o que mostra que se preparou para a pancadaria generalizada.
2) Aécio foi Aécio e mais três: os jornalistas da Band, José Paulo de Andrade, Boris Casoy e Fabio Panuzio.
As perguntas deles continham invariavelmente críticas a Dilma e oportunidades para Aécio vender seu peixe. Foram torcedores muito mais que jornalistas.
(Veja aqui a narração do debate da Band por Pragmatismo Político)
3) Aécio escolheu por onde vai tentar brecar Marina: dizendo que ela é uma “aventura”, um “improviso”.
A verdadeira mudança, segundo ele, é ele mesmo.
4) Aécio vê um Armínio Fraga que só ele vê. Nas suas considerações finais, Aécio anunciou Fraga como ministro da Economia com o ar triunfal de um técnico que estaria comunicando a aquisição de Messi.
5) Marina mostrou quanto respeita Neca. Os óculos vermelhos com os quais se apresentou no debate chamaram a atenção de todos.
Neca não parece ter apreciado muito. Da plateia, acenou para que Marina os tirasse, e foi obedecida.
6) Marina, como se diz no futebol, está de salto alto, mascarada, por conta das pesquisas.
Parecia pairar acima do bem e do mal, ou pelo menos acima de Dilma e Aécio, ao renegar a polarização PT X PSDB.
7) O Pastor Everaldo não tem noção das coisas. Numa pergunta sobre o futuro da energia, parecia aquele aluno que ao ver uma questão numa prova percebe que não estudou nada. Respondeu com seu repetido bordão sobre o Estado Mínimo, que lhe valeu o apelido de Pastor Neoliberal entre os internautas.
8) Eduardo Jorge, do PV, foi o Rei da Zoeira, com seu vozeirão, seu traje de cantor sertanejo e suas críticas “a tudo isso que está aí”.
“Aquele tio que fuma maconha e pede dinheiro emprestado pra tua avó”, na definição de um internauta no Twitter.
9) Levy Fidelix frustrou os internautas ao deixar de falar no mítico “aerotrem”.
Comparado ao baixinho da Kaiser e ao Senhor Spacely, parecia, como o Pastor Everaldo, perdido no tempo e no espaço.
10) Luciana Genro pode se tornar um bom quadro da esquerda, se for mais pragmática. Sublinhou a semelhança entre o programa econômico de Aécio e de Marina, falou na necessidade de taxar as grandes fortunas e, em seu melhor momento, notou que o jornalista José Paulo de Andrade não entendeu nada dos protestos de junho passado.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Até a Folha desmente Aécio: Aécio Neves adota na TV tese enganosa sobre redução do gasto público

Quem diria, hein! Aécio mente, a   Folha de São Paulo desmente Aécio

Até a Folha desmente Aécio: Aécio Neves adota na TV tese enganosa sobre redução do gasto públicoA   propaganda  eleitoral na rádio e TV, começou hoje. Mas, pelo visto, começou mal para o tucano Aécio Neves, que está sendo desmascarado pelo jornal Folha de São Paulo,  que o apoia. Na propaganda, Aécio  afirma que vai instaurar uma nova forma de gerir o Brasil: Vai "gastar menos com governo, mais com pessoas".

"Para o governo federal só existe um jeito de governar: o seu", diz o texto de uma das propagandas produzidas pelo PSDB.
 O ex presidente Lula, já disse certa vez que Aécio quer reduzir os ministérios, mas aqueles  que estão ligados aos programas sociais. É não é que o blog "Dinheiro Público" da Folha, resolveu desmentir  o tucano Aécio Neves!?
Leia a seguir o que diz o texto 
Aécio adota na TV tese fácil e enganosa sobre redução do gasto público

Na tentativa de se vacinar contra a acusação de pretender cortar programas sociais, o presidenciável tucano Aécio Neves adotou uma tese fácil e enganosa sobre a redução do gasto público.

“Tem outro jeito: gastar menos com o governo e mais com as pessoas”, diz a propaganda do PSDB na TV.

A mensagem é fácil de defender, por associar a possibilidade de mais benefícios à população à redução do custo da máquina administrativa federal -com um ataque implícito ao aumento do número de ministérios, estatais e cargos promovido pela administração petista.

E é enganosa porque a quase totalidade da escalada das despesas federais nos últimos anos está ligada à área social, ou, nas palavras do candidato, aos gastos “com as pessoas”.

Só os programas tradicionais de transferência de transferência de renda às famílias -aposentadorias, pensões, auxílios, seguro-desemprego, abono salarial e benefícios a idosos e deficientes- saltaram de 6,7% para o equivalente a 9% do PIB (Produto Interno Bruto) entre o final do governo FHC e o ano passado.

Não está nessa conta o Bolsa Família, que unificou e multiplicou os gastos dos programas assistenciais anteriores.

Já os gastos do governo “com o governo” não apresentam sinais visíveis de elevação no período. Os gastos com pessoal ativo e inativo, por exemplo, caíram de 4,8% para 4,2% do PIB.

A redução do número de ministérios e cargos de confiança, defendida por Aécio, pode trazer melhora de gestão, mas não uma economia relevante a ponto de contribuir para o combate à inflação.

Os especialistas que postulam maior controle das despesas federais apontam ser necessário no mínimo reduzir o ritmo de alta dos gastos “com as pessoas”.

Ficou alguma dúvida? Faltou alguma informação?

sábado, 16 de agosto de 2014

Altamiro Borges: O sumiço do “aecioporto” da mídia e o incêndio na prefeitura de Cláudio

Nem o primo de Aécio Neves, denunciado por proteger traficantes, foi procurado
O “aecioporto” e o incêndio em Cláudio
por Altamiro Borges, em seu blog
O Portal G1, da poderosa Rede Globo, deu uma notinha minúscula, quase imperceptível, nesta quarta-feira: “Um incêndio foi registrado em um lote vago na noite de segunda-feira (11) e atingiu um galpão da Prefeitura de Cláudio, que fica ao lado. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas ficaram confinadas em um cômodo de aproximadamente 9 m² no segundo andar. As chamas destruíram a sala onde ficavam arquivos, computadores, materiais de escritório e tecidos. Apesar disso, ninguém ficou ferido”.
O curioso, para não dizer sinistro, é que a pequena cidade do interior de Minas Gerais ficou famosa nas últimas semanas pela descoberta de que sedia um aeroporto na fazenda do tio de Aécio Neves, construído com R$ 14 milhões dos cofres públicos quando este era governador do estado. A Folha tucana foi a primeira a revelar o escândalo – o que gerou suspeita de “fogo amigo” no ninho. Já o cambaleante presidenciável do PSDB se enrolou todo para explicar o episódio. Dizem até que ficou irritado com uma pergunta de Willian Bonner, no Jornal Nacional, sobre o caso!
Agora, um incêndio destrói o galpão “onde ficavam arquivos, computadores” – segundo o insuspeito G1. Como já alertou Miguel do Rosário, do blog O Cafezinho, esta história é muito estranha. “Cláudio é a cidade do aecioporto. Documentos sobre os voos de Aécio, entre outros, ficavam guardados na prefeitura… Recentemente, algumas pontas estavam sendo ligadas. Um ponto de refino de cocaína foi estourado pela polícia no fim do ano passado. O ‘helicoca’ pousou muito perto de lá, antes de ir ao Espírito Santo. O incêndio veio bem a calhar… Claro, foi só coincidência”.
Após o primeiro impacto das denúncias sobre o “aecioporto”, a mídia tucana simplesmente abafou o caso. Veja inventou factoides sobre a CPI da Petrobras e O Globo especulou sobre adulterações no Wikipédia. Como o helicóptero da aecista família Perrella, apreendido pela polícia com 450 quilos de cocaína, o escândalo virou pó. Sumiu dos jornalões e das telinhas da tevê. As corporações midiáticas não acionaram os seus “jornalistas investigativos” para apurar o caso. Nem o primo de Aécio Neves, denunciado por proteger traficantes, foi procurado. Agora, o incêndio. Mistério!
PS do Viomundo: Em nota, publicada em CartaCapital a prefeitura de Cláudio diz: “As chamas chegaram a um cômodo em uma área de 9m² e destruíram algumas sucatas, não mais utilizadas pela Prefeitura (computadores obsoletos e máquina de escrever). Esclareça-se que nenhuma documentação do município sofreu qualquer tipo de dano já que a sala de arquivo faz parte do prédio da administração, a uma distância considerável do local onde o fogo atingiu”.
Leia também:

Fonte:Viomundo

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Aécio Neves desviou R$ 30 milhões de Ministério, durante seu governo em Minas

 Do site jornali9

TCU e Polícia Federal comprovam que entidade do governo de Minas, Idene, junto com Oscip (IMDC) desviaram através de notas frias R$30 milhões

O esquema de fraudes com recursos públicos que derrubou cinco integrantes da cúpula do Ministério do Trabalho em 2013 desviou pelo menos R$ 10,6 milhões, em um único convênio no valor de 17,5 milhões firmado com a Oscip IMDC por intermédio do Idene (Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas), um órgão do governo de Minas.
Relatório da Operação Esopo, da Polícia Federal em 2013, obtido pela reportagem, mostra que, em 2008 e 2009, o Idene assinou com o Ministério do Trabalho dois convênios que totalizam R$ 38,1 milhões para execução do ProJovem em cidades do Norte e no Vale do Jequitinhonha, regiões mais pobres do estado. O Idene contratou, com dispensa de licitação, o IMDC, organização que está no centro da rede montada para desviar recursos, denunciada na Operação Esopo.
Desvios do Governo de Aécio Neves entre 2007 e 2011
No caso dos convênios no interior de Minas na época administrado por Aécio Neves (PSDB), após nova investigação, **o Tribunal de Contas da União (TCU) quer a devolução de R$ 30,8 milhões. O valor é mais alto porque, na avaliação da Corte de Contas, o órgão público e a Oscip não apresentaram documentação para comprovar a aplicação dos recursos.
Diretor do Idene à época dos contratos, Walter Antonio Adão foi preso na Operação Esopo em 2013. Ele assumiu o órgão em 2007, no segundo mandato do governador Aécio Neves, e ficou no cargo até 2011. Os R$ 17,5 milhões esquadrinhados pela PF constam do contrato 03/2010, assinado entre o órgão mineiro e a Oscip. A fatia desviada foi paga a quatro empresas de fachada e a contas do próprio IMDC.
Mesma sistemática de fraude foi aplicada para desviar recursos do ministério do Trabalho por meio de convênios com prefeituras, segundo a PF.
Em Minas, a empresa que mais recebeu recursos no contrato da Idene foi a PR Transportes (PRT), em um total de R$ 4,1 milhões, registrada à época em nome de dois motoristas, que não possui ônibus ou vans e está habilitada para o transporte de carga, não de pessoas. Do total repassado à empresa, R$ 3,2 milhões foram pagos em cheques, que foram endossados e sacados na boca do caixa, de acordo com o relatório. Um nome foi registrado pela agência bancária como responsável pelo saque: Fernando Mendes dos Santos. Trata-se de um sócio de Deivson Oliveira Vidal, o dono do IMDC, em uma empresa de consultoria chamada Conquistar.
“Os cheques emitidos para pagamento dos serviços foram endossados por quem de direito da PRT para que Fernando realizasse os saques. Assim, o dinheiro retorna para as mãos de Deivson sem ao menos passar pelas contas da PRT”, escreveu a PF no relatório.
Foi Fernando, também, quem sacou parte dos R$ 2,1 milhões repassados à empresa Sol Nascente Ltda. a título de “fornecimento de insumos”. A empresa estava registrada em nome de dois laranjas, segundo a PF, e foi aberta menos de seis meses antes da assinatura de contrato com o IMDC.
Mesmo sem ter funcionários e registrada em nome de uma balconista de farmácia, a Gráfica Indianara Ltda. recebeu R$ 1,8 milhões para produzir apostilas. Segundo o Idene, deveriam custar no máximo R$ 7,02, cada, mas foram pagos R$$ 35,69, cada. Quatro cheques de R$ 470,5 mil pagos pela Oscip à empresa foram endossados e sacados em dinheiro. Por Fernando Mendes dos Santos.
O mesmo que ainda sacou cheques que totalizam R$ 637,6 mil pagos à AOM Indústria e Comércio por 26,4 mil camisetas e 13 mil mochilas do ProJovem. No endereço da empresa, funciona uma empresa de moda que diz não ter qualquer relação com a AOM, de acordo com a PF.
A transferência direta de recursos para outras contas do próprio IMDC também era uma das formas de desvio. Parte desses valores eram repassados à Conquistar para prestação de serviços de consultoria. Pelo menos R$ 633,2 mil do ProJovem desapareceram dessa forma.
“Se Deivson é o presidente do IMDC e maior acionista da Conquistar, podemos concluir que ele recebe dinheiro para prestar ‘consultoria’ para ele mesmo”, escreveram os investigadores.
Em função dos indícios de fraude na execução do ProJovem, o TCU cobra, desde fevereiro deste ano, de Deivson Vidal e do ex-diretor do Idene, Walter Adão, a devolução de R$ 30,8 milhões aos cofres públicos.
Por meio de nota, o governo de Minas informou que colabora com as investigações e que, em 2011, a gestão de contratos do IMDC foi investigado pela Controladoria-Geral do Estado (CGE).
O IMDC chegou a ser incluído no cadastro de fornecedores impedidos de licitar com o estado em 2012, mas a medida foi suspensa por decisão liminar da Justiça, segundo o governo. Advogados de dirigentes do IMDC não foram localizados.
Neste ano, o IMDC está no cadastro de fornecedores do Estado, incluído pela SEPLAG.

 

Por que será que tudo acontece em Cláudio?

Com apenas 25 mil habitantes, a cidade de Cláudio (MG) é destaque no noticiário nacional há alguns anos.
Aécio Neves e sua família têm terras e negócios no local. Ele e seu primo Tancredo Tolentino, o Quêdo, são donos da cachaçaria Mingote. Foi na sede da Mingonte que Quêdo negociou a venda de habeas corpus para traficante de drogas, esquema denunciado pelo Fantástico em 2012. 
Por que será que tudo acontece em Cláudio?
 Por que será que tudo acontece em Cláudio? Aecio Neves do PSDB

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Aécio Neves nocauteado no Jornal Nacional . Proposta Zero. Culpou os pobres pelos maus números do governo dele

Aécio Neves nocauteado no Jornal Nacional . Proposta Zero. Culpou os pobres pelos maus números do governo dele
Aécio Neves (PSDB) foi um desastre do começo ao fim na entrevista ao Jornal Nacional. Não respondeu o que foi perguntado. Embromou, enrolou muito. Quando respondeu, não convenceu e até mentiu.

Projeto "Proposta Zero"

Mas nada define melhor a entrevista do que o ocorrido na última pergunta. Patrícia Poeta colocou a bola na marca do pênalti para Aécio chutar e perguntou: "Candidato, nosso tempo está acabando. Última pergunta. Dos projetos que o senhor tem para o país, quais seriam os prioritários?"

Aécio conseguiu a façanha de não citar um único projeto. Zero! Falou um blá-blá-blá danado sem dizer nenhum projeto. Pirateou o que Dilma fala sobre governar para quem mais precisa e, em vez de oferecer pelo menos um projeto aos brasileiros, se limitou a ser pidão: pediu voto nele.

Sobre as outras perguntas, o Jornal Nacional deu um calor, fazendo perguntas incômodas, mas não se iludam. Tiveram duas funções:

1) Tentar melhorar a imagem por causa do "manchetômetro" - um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mostrando quanto o Jornal Nacional usa o noticiário para fazer campanha anti-Dilma e a favor de Aécio.

2) Vacina: Estas perguntas feitas no Jornal Nacional seriam feitas em debates e em outras entrevistas de qualquer jeito. Logo já vai amaciando o assunto.

Para Aécio baixo IDH de Minas é culpa dos pobres que "atrapalharam" os números do governo dele.

Em um momento Patrícia Poeta perguntou: Candidato, como é que o senhor explica o desempenho no campo social de um estado rico como Minas Gerais que, hoje, sustenta o menor Índice de Desenvolvimento Humano de toda a Região Sudeste e ocupa a nona posição no ranking nacional, entre todos os estados brasileiros. Estava em oitava posição anos atrás e agora está em nona posição.

Nesta resposta Aécio foi desastroso. Em um trecho da resposta soltou essa pérola para explicar a queda relativa do IDH: "... Minas tem no nosso território, incrustado no nosso território, o Vale do Jequitinhonha, o norte mineiro, o Mucuri, que é uma região, que, historicamente, tem um IDH menor do que a média do Nordeste... "

Ora, quer dizer então que são as regiões pobres de Minas que ele deixou para trás quando foi governador é que "atrapalham" o IDH? É a velha mania dos tucanos dizerem que "o povo" é que atrapalha eles!

E quer dizer, então, que o Nordeste brasileiro evoluiu mais do que as regiões mais pobres de Minas? Que bom que Nordeste se desenvolva, mas a população mais pobre de Minas também merecia um governador que tivesse feito o dever de casa e olhado mais para eles, em vez de construir aeroportos para a própria família do Aécio.

Aliás um caso típico é a cidade de Montezuma, de baixo IDH, onde Aécio herdou uma fazenda apropriada do Estado de Minas, e construiu outro aeroporto lá, enquanto só 27% dos domicílios tinham esgoto.

Outro deslize na resposta foi dizer que uma das causas foi Minas ter um momento ruim em atividades econômicas como minério e o café. Ora, então quando é em Minas, a crise internacional serve para justificar queda no crescimento, mas quando é no Brasil não serve?

Aeroporto

Bonner perguntou: (...) o senhor construiu um aeroporto no município de Cláudio, a sua família tem uma fazenda a seis quilômetros desse aeroporto e a pista foi construída ao lado de terras do seu tio-avô. O senhor já disse diversas vezes que não houve nenhuma irregularidade nisso, que as terras eram públicas, porque já tinham sido desapropriadas, inclusive a sua família discorda do valor arbitrado para essa desapropriação, contesta esse valor, considera injusto, está na Justiça. O senhor disse também que o aeroporto foi criado pelo senhor para beneficiar a economia da região. E desde que esse assunto surgiu, o único erro que o senhor admite ter cometido, eu vou ler as suas palavras, o senhor disse que ‘viu aquela obra com os olhos da comunidade local e não da forma como a sociedade a veria à distância’. Eu pergunto: mesmo aos olhos da comunidade local, candidato, o senhor considera republicano construir um aeroporto que poderia ser visto como um benefício para a sua família, no mínimo, por valorizar as terras dela?

Aécio respondeu o blá-blá-blá já dito nas notas oficiais. Não Convenceu.

Bonner perguntou: Mas candidato, essa questão produziu muita polêmica porque, imediatamente, levantou-se uma suspeita sobre o benefício a sua família, que o senhor diz não ter havido. E o senhor tem algum tipo de constrangimento ético pelo fato de ter utilizado essa pista quando visitou a fazenda da sua família?

Aécio respondeu na maior cara de pau: Não, não tenho, até porque não sabia que essa pista não estava homologada, aliás essa é uma questão.

Bonner perguntou: Perdão, mas não se trata da questão da homologação. A homologação é uma questão burocrática. A minha pergunta é sobre usar um aeroporto que foi construído pelo estado de Minas Gerais para visitar uma fazenda sua. Isso não lhe constrange?

Aécio usou toda sua cara-de-pau para responder que é uma fazenda que está na minha família há 150 anos, como se isso justificasse construir um aeroporto em benefício próprio. Para piorar ainda disse que é um sítio de férias, para passear, que ninguém está fazendo um negócio ali. Ora, quer dizer então que para passear vale construir um aeroporto praticamente para uso particular com dinheiro público?

Por fim, Aécio disse uma mentira: Um que Cláudio "precisava" desse aeroporto.

Observem que Bonner aliviou ao não citar existir o aeroporto de Divinópolis ao lado que atende a cidade de Cláudio muito bem. Também aliviou ao não tocar no assunto do aeroporto de Montezuma e da fazenda tomada do Estado de Minas por um processo rumoroso de usucapião.
Outra mentira foi dizer que a ANAC é a culpada pela não homologação do aeroporto. Em nota oficial da ANAC Aécio já foi desmentido, pois há pendência do Governo de Minas, que é providenciar parecer do Comando da Aeronáutica.

Medidas amargas

Na primeira pergunta William Bonner disse que, segundo economistas ligados aos demotucanos, medidas como corte de ministérios e choque de gestão não bastam, que seria preciso cortes profundos de gastos e eliminar a defasagem de tarifas públicas como preço da gasolina e energia elétrica.

Reparem que Bonner aliviou ao não dizer que o que os economistas demotucanos pedem são cortes nos gastos sociais como o Bolsa Família, arrocho nas aposentadorias, nos salários do funcionalismo civil e militar, demissões, corte de verbas na educação, na saúde, corte nos subsídios ao Minha Casa, Minha Vida e à geração de empregos através do BNDES. Bonner aliviou também ao falar em "defasagem de tarifas", em vez de aumento na conta de luz. E aliviou ao não questionar por que a Cemig (estatal de eletricidade mineira sob comando tucano) pediu aumentos muito acima do que a ANEEL considerou razoável? Por que luta na justiça para subir o preço da energia nas hidrelétricas antigas já depreciadas? Por que prioriza distribuir mais lucros aos acionistas do que baixar a conta de luz? Por que a Cemig estoca energia para vender mais caro no mercado especulativo, o que gera aumento na conta de luz? E por que a Cemig tem planos de investir na Colômbia com as sobras de caixa, em vez de baixar a tarifa?

Aécio respondeu outra coisa, criticando o baixo crescimento e repetindo as críticas ao número de ministérios. Falou também que "enxugará o estado", um termo que soa como música para os banqueiros neoliberais, mas sempre foi um desastre para a classe média e para os mais pobres, como ocorreu no governo FHC.

Bonner perguntou: Mas o senhor não respondeu a minha pergunta. A minha pergunta é se entre essas necessidades se inclui a redução dos gastos públicos e o fim dessa defasagem das tarifas de energia e gasolina.

Aécio respondeu: Não, eu respondo com absoluta clareza. Começando do final. No meu governo vai haver previsibilidade em relação a essas tarifas e em todas as medidas do governo. Ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo. Ou algum plano mirabolante.

Reparem que Aécio falou em responder com clareza e não esclareceu coisa nenhuma. Falou em governar com previsibilidade, mas se contradisse ao não responder o que fará. Por fim, em uma fala tortuosa e de difícil compreensão, pareceu ser contra o planejamento feito pelo estado, como ocorre com o PAC, que não tem nada de mirabolante.

Bonner perguntou: Mas o senhor vai aumentar as tarifas?

Finalmente Aécio admitiu que sim, ainda que embromando. Errou ao dizer que "quando tiver os dados sobre a realidade do governo é que vou estabelecer isso". Ora, Aécio é senador, ele tem acesso por oficio a qualquer informação do governo que quiser.

Mensalão Tucano

Patrícia Poeta perguntou: Candidato, o seu partido é crítico ferrenho de casos de corrupção que envolvem o PT. Mas o seu partido também é acusado de envolvimento em escândalos graves de corrupção. Como é o caso do mensalão mineiro e também do pagamento de propina a funcionários públicos pelo cartel de trens e metrôs de São Paulo. Isso para citar dois exemplos. Toda vez que escândalos como esse vêm a público, tanto o PT quanto o PSDB usam o mesmo discurso. Um discurso óbvio e correto. Que tudo tem que ser investigado, que se houver culpado tem que ser punido. Por que o eleitor iria acreditar que exista diferença entre os dois partidos quando o assunto é esse: corrupção?

Aí Aécio foi muito mal, passou a imagem do malandro "esperto" que defende a impunidade para os seus amigos. Disse que os petistas foram condenados e os tucanos não, como se isso fosse vantagem. Ora, o povo vê o contrário. Vê dois pesos e duas medidas. Vê que não há impunidade para petistas e há para os tucanos.

Patrícia Poeta: Mas candidato, vamos pegar um exemplo aqui: Eduardo Azeredo, que foi um dos principais acusados de ser beneficiado no escândalo do mensalão mineiro, renunciou e por isso não foi julgado ainda. Ele está ao seu lado, no seu palanque, apoiando essa campanha eleitoral. Isso de uma certa forma lhe causa algum desconforto, não é passar a mão na cabeça das pessoas, de alguém do partido, um réu, nesse caso?

Aécio balbuciou que "Ele está me apoiando, você colocou bem, Patrícia, não é o inverso". E caiu no discurso padrão "que tudo tem que ser investigado, que se houver culpado tem que ser punido" citado na pergunta anterior. Conclusão: não convenceu.

Programa sociais

Patrícia Poeta levantou a bola para Aécio dizer que manterá programas sociais. Perguntou: O senhor tem dito que vai manter alguns dos principais programas sociais do governo atual, como é o caso do Bolsa Família, o ProUni, o Pronatec, o Mais Médicos e também a política de reajuste do salário mínimo. A sensação que dá para muitos eleitores, é que o senhor, sim, aprova o desempenho do PT nessa área social. Por que então esses eleitores iam querem mudar de presidente?

Foi a única pergunta em que Aécio se saiu melhor por admitir a qualidade destes programas. O problema é que, com isso, ele está elogiando Dilma. Para tentar diminuir danos, disse que os programas começaram no governo FHC. Só "se esqueceu" de dizer que no governo FHC os programas sociais existiam mas eram para poucos, com uma verba mínima, que não alcançava todo mundo que precisava, a ponto de deixar a fome do povo como herança maldita para Lula resolver.

Saúde:

Bonner perguntou: O senhor mencionou já duas vezes a saúde em Minas Gerais, o senhor tem dito que é melhor do Sudeste, a quarta melhor do Brasil. No entanto, os analistas que se debruçaram sobre investimentos públicos na saúde de Minas afirmam que isso foi muito mais resultado de investimentos da União e de municípios do que do estado. O senhor não considera a saúde uma prioridade também de governos estaduais, candidato?

Aécio foi desastroso de novo. Em vez de responder a pergunta, disse que em reunião com médicos tucanos da USP, ele foi elogiado.

De novo o Jornal Nacional aliviou ao não questionar porque várias cidades de Minas precisaram receber médicos do programa Mais Médicos, e como ele iria descartar os médicos cubanos, se em Minas ele nunca conseguiu resolver o problema da falta de médicos em regiões carentes.

domingo, 10 de agosto de 2014

Mais um aeroporto em Minas Gerais… dessa vez fantasma

Da revista Forum
Em Itabira (MG), cinco milhões de reais teriam sido alocados para a reforma de aeroporto inexistente durante a gestão de Aécio Neves como governador do estado
Por Vinicius Gomes, de Belo Horizonte (MG)
Panfleto eleitoral do PSDB-MG usado em 2010 (Reprodução)
Panfleto eleitoral do PSDB-MG usado em 2010 (Reprodução)
Depois de Cláudio e Montezuma, a cidade mineira de Itabira é a mais nova a entrar no rol dos aeroportos polêmicos de Minas Gerais. O município também foi contemplado pelo programa ProAero para reformas em seu aeroporto local – supostamente recebendo uma verba de 5 milhões de reais para a realização de tal obra. O problema com a reforma, todavia, é que nem sequer existe um aeroporto na cidade para ser reformado.
O panfleto eleitoral de 2010, distribuído durante a campanha de Aécio Neves ao Senado e de Antônio Anastasia ao governo do estado, alegava que os recursos foram liberados pelo estado durante a gestão do presidenciável tucano como governador de Minas “para melhorar suas operações”. No entanto, quatro anos depois, não existe qualquer aeroporto na cidade – não tendo ocorrido nem sequer uma licitação para a obra.
Panfleto eleitoral do PSDB-MG usado em 2010 (Reprodução)
Panfleto eleitoral do PSDB-MG usado em 2010 (Reprodução)
A assessoria da atual administração municipal informou à reportagem de Fórum que existe agora um projeto de construção de um aeroporto local e desconhece qualquer projeto anterior a esse – assim como não pode afirmar com certeza se houve e o que foi feito com o repasse de 5 milhões. O prefeito na época era João Izael Querino Coelho, hoje candidato a deputado estadual pelo PSL, que se recusou a comentar o caso por telefone, se disponibilizando a conversar apenas pessoalmente.
Em tempo: a denúncia sobre o aeroporto em Itabira foi publicada pela primeira vez em setembro de 2010, pelo jornal Mosaico – fato que submergiu no que muitos consideram um oceano de não prestação de contas à população que acontece no estado, subindo de volta agora à superfície junto com tantas outras denúncias.

sábado, 9 de agosto de 2014

Por que a mídia não procura o primo de Aécio Neves ?

Por que a mídia não procura o primo de Aécio Neves ?
Os primos
Pobre jornalismo. Pobre público. Pobre Brasil.
Soubemos também que, embora pretensamente público, o aeroporto ficava fechado.
Segundo a Folha, a chave está, ou estava até a denúncia, nas mãos de um primo de Aécio, Tancredo Tolentino, o Quedo.
Se a mídia tivesse qualquer interesse em aprofundar essa história, um passo básico seria mostrar quem é esse primo. E ouvi-lo.
Em circunstâncias normais, isso seria mandatório no bom jornalismo.
Agora: quando o primo em questão tem a história que Tancredo tem, passa a ser um acinte não colocar holofotes nele.
Já que estamos falando de chave, Tancredo é o que popularmente se chama de chave de cadeia.
Dois anos atrás, ele foi um personagem central numa reportagem do Fantástico sobre a venda de sentenças judiciais que beneficiaram traficantes na região onde se localiza o aeroporto de Aécio.
Note: não havia nenhuma menção na reportagem ao fato de que Tancredo é primo de Aécio, como se isso não fosse notícia.
Notícia é realmente subjetivo, neste mundo em que vivemos. Imagine se Tancredo fosse primo de Lula. A cada parágrafo seríamos lembrados do parentesco.
No vídeo do Fantástico, Tancredo aparece fazendo a ponte entre o advogado dos traficantes presos e o desembargador que os soltou, Hélcio Valentim, amigo seu.
A Polícia Federal cedeu ao Fantástico um vídeo com a confissão, em detalhes, de Tancredo.
Ele cobrou 150 mil reais dos traficantes pela sentença. E repassou 40 mil, um detalhe que não foi explorado pelos repórteres do Fantástico.
Quedo ficou, portanto, com 110 mil reais. Ficaria com 105 mil, ao que parece. Separou 45 mil para entregar a Valentim, agrupados em maços de 5 mil.
Mas, na hora de dar o dinheiro, ele pegou um maço e guardou para si mesmo. Talvez tenha dito que aquela era sua comissão, e que os presos tinham topado pagar 45 mil.
A reportagem do Fantástico diz que Quedo acabou por ser preso, e depois solto. Estava respondendo ao processo em liberdade quando o programa foi ao ar.
Bizarrice entre as bizarrices, ele tentou, mesmo enroscado com a polícia e com a justiça, se candidatar a prefeito de Cláudio em 2012. Como se fosse um ambientalista, seu partido era o Verde. Foi impugnado com base na Lei da Ficha Limpa.
A venda de sentenças beneficiou três traficantes. Valentim concedeu a eles habeas corpus. Quando o Fantástico foi ao ar, em dezembro de 2013, todos eles estavam foragidos.
Quedo, fisicamente, não poderia ser mais diferente de seu primo. É obeso, careca e, como mostram suas imagens, evidentemente desleixado.
Um é claramente vaidoso, e o outro é sinônimo de desmazelo.
Ao lado de Aécio, ele poderia passar por seu jardineiro, ou motorista.
Mas, acima de tudo, Quedo é notícia.
Numa região marcada pelo tráfico, e com sua frouxidão moral aliada a uma ganância sem freios, que utilização Quedo poderia dar a um aeroporto controlado por ele?
Nas especulações que varrem a internet, o helicóptero dos Perrellas é intensamente citado.
Aécio é amigo dos Perrellas. E Quedo, também é? Ninguém na mídia pareceu interessado em verificar isso, e em eventualmente seguir adiante.
Quedo é um personagem fascinante. Mas a mídia – incluída a Folha, que trouxe o caso do aeroporto mas parece pouco empenhada em dar seguimento à história – finge que não é.
Pior: finge que ele não existe.
Do diário do Centro do mundo