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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Cemig cria cargos para aliados de Antonio Anastasia e Aecio Neves
O governo de Minas começou surpreendendo a opinião pública. Quando todos esperavam uma composição técnica, Anastasia resolve, na verdade, fazer uma partilha de poder entre os partidos que o apoiaram. A reforma administrativa imposta, por meio de Lei Delegada, criou três novas secretarias e 13 subsecretarias e o governador preencheu a maioria dos cargos com deputados para abrir mais vagas para suplentes.Na Cemig, ao que tudo indica, a lógica foi a mesma. A empresa anunciou a criação de duas novas diretorias: Jurídica e Relações Institucionais e Comunicação. Já pesam no bolso dos consumidores mineiros as 11 diretorias existentes. Além do vice-presidente Arlindo Porto, outro político toma posse na Diretoria de Gestão Empresarial (DGE). Trata-se do diretor, Frederico Pacheco de Medeiros, que era presidente do PSDB de Belo Horizonte e primo do ex-governador Aécio Neves.
Mas não é só o favorecimento que surpreende nesse escalão. Basta verificar que, nos últimos anos, os cargos de superintendentes, gerentes, gestores e assessores quase dobraram e os consultores contratados não param de entrar na empresa. A última superintendência criada foi uma “Ouvidoria”, que tem como titular ninguém menos que o Secretário Geral do PPS de Minas Gerais, Raimundo Benoni Franco, do mesmo partido do ex-presidente Itamar Franco. É muito “cacique para pouco índio”!
A dificuldade, nas ruas, é explicar a constante falta de energia em várias localidades mesmo nos casos de chuvas normais de verão.
A imagem acima, que foi captada também por outros veículos de comu nicação da capital, mostra nove postes derrubados numa única avenida da cidade. A Cemig insiste em culpar “São Pedro” e pedir ajuda a São Gabriel, quando na verdade deveria era investir mais em manutenção preventiva e abrir concurso público valorizando trabalhadores de quadro próprio.
O ano de 2011 começou muito bem para os novos figurões da Cemig, mas as notícias que a empresa reservou para os trabalhadores não são as melhores. Os eletricitários já iniciam o ano enfrentando, por exemplo, o fantasma das metas individuais. Essa assombração já ronda vários setores da empresa e os trabalhadores não devem cair nessa armadilha. Metas devem ser construídas em comum acordo com as entidades sindicais e, não de modo unilateral como vem impondo a Cemig.
Vamos à luta!
Fonte: Jornal do Sindieletro MG – “Chave Geral”
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