Google+

domingo, 12 de agosto de 2018

Delator acusa Aécio de simular contrato com Odebrecht para financiar campanha de Anastasia

Delator acusa Aécio de simular contrato com Odebrecht para financiar campanha de Anastasia Na Foto o Senador Aecio Neves e o Juiz da lava Jato Sergio Moro  em evento rindo da impunidade do PSDB e perseguição aos inimigos
Na Foto o Senador Aecio Neves e o Juiz da lava Jato Sergio Moro  em evento rindo da impunidade do PSDB e perseguição aos inimigos políticos dos tucanos

Esquema teria sido montado junto com marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, que recebeu R$ 1,8 milhão por um plano de comunicação à Odebrecht que nunca foi entregue 


Jornal GGN - O executivo da Odebrecht, Sérgio Neves, reafirma a existência de um esquema de propinas para a campanha Antônio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas Gerais, em 2010. Trechos do depoimento realizado à Polícia Federal, na Lava Jato, foram veiculados nestes sábado (11) durante o Jornal Nacional.
O delator contou aos investigadores que o pagamento foi combinado com o executivo da Odebrecht, Benedito Júnior, então líder empresarial do setor de infraestrutura da empresa, com o senador Aécio Neves como apoio à campanha de Anastasia. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acredita que, como benefício, a Odebrecht teria mais facilidade em realizar obras em Minas Gerais.
"Em junho de 2009, Benedito Júnior me procurou reportando que havia acertado com Aécio Neves um apoio para a pré-campanha do Antônio Anastasia para o governo de Minas, pra concorrer como candidato ao governo de Minas. É... me indicou que o valor que a empresa iria contribuir era no valor de R$ 1,8 milhão e que deveria ser feito via um contrato com o marqueteiro do Aécio, que era o Paulo Vasconcelos do Rosário", disse no depoimento.
Ainda, segundo Sérgio Neves, o marqueteiro Paulo Vasconcelos procurou os dois executivos da Odebrecht (ele e Benedito Júnior) para combinarem que o pagamento seria feito por um contrato fictício para um projeto estratégico de comunicação para a Odebrecht.
"Depois de acertado, chegado a um consenso com o Paulo Vasconcelos sobre o escopo, é... eu elaborei na sequência esse contrato, né? E esse contrato contemplava 12 parcelas de R$ 150 mil, totalizando R$ 1,8 milhão, né? E, esses, esse contrato, os valores começaram a ser pagos em julho de 2009 e concluíram em junho de 2010. Então, foram pagos integralmente, sem que nenhum serviço tivesse sido prestado".
Sérvio Neves explicou que outras empresas já haviam realizado planos de comunicação para a Odebrecht. Diante dessa informação a Polícia Federal irá investigar os outros projetos. O executivo da empreiteira também disse que se recorda de ter o marqueteiro de Aécio, entregando uma revisão do projeto que não foi utilizado. 
Em depoimento à Polícia Federal no mês passado, o empresário José Enrique Castro Barreiro disse que também fez um plano de comunicação para a Odebrecht em 2009, tendo recebido pelo serviço 248 mil reais, ou seja, 1/7 do que foi pago para Paulo Vasconcelos. E, ainda, que conhece Vasconcelos de nome, por ser o marqueteiro da equipe de Aécio. Ou seja, que nunca soube de algum serviço que tenha realizado para a Odebrecht no campo da comunicação. 
Os investigadores chamaram o marqueteiro para depoimento em outubro de 2017, porém Vasconcelos se limitou a ficar em silêncio durante todo o tempo em que esteve na Polícia Federal.
Em nota, a defesa do senador Aécio Neves declarou que não houve nenhuma irregularidade por parte do atual candidato à Câmara dos Deputados pelo estado de Minas Gerais, que o serviço de publicidade foi entregue e nenhum delator fez qualquer acusação sobre a existência de contrapartida por parte de Aécio.
A assessoria de Antônio Anastasia, atual candidato ao governo do Estado de Minas, destacou que ele nunca tratou de assuntos ilícitos e, a defesa da empresa de Paulo Vasconcelos, PVR, afirma que o serviço foi prestado à Odebrecht. 
Marqueteiro de Aécio Neves, Paulo Vasconcelos que Moro se recusa a investiga
Marqueteiro de Aécio Neves, Paulo Vasconcelos que Moro se recusa a investiga. Reprodução
DO Jornalggn