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quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Aécio Neves e o “governadorismo de coalizão”
Em seu artigo semanal no jornal Folha de São Paulo, o  senador Aécio Neves assina nesta segunda-feira, 01/08, algo, no mínimo,  esquizofrênico. 
Sob pretexto de acusar  insuficiente a chamada “faxina” que se opera no Ministério dos  Transportes, ele desqualifica – pela enésima vez – os partidos  políticos, fala mal do “presidencialismo de coalizão”, elogia um pseudo  protaganismo de seu governo em Minas Gerais nas atitudes preventivas à  corrupção (o que é questionável) e termina por dizer que a alteração do  rito das medidas provisórias seria um grande avanço. 
Ou  seja, na falta do que propor, ele assina um texto confuso, com vários  objetivos e vários “centros”. Essa descentração é uma marca da  esquizopolítica. E a esquizopolítica é o mecanismo de fuga de quem não  tem propostas. 
Justiça seja feita, ele ressalta  que o fenômeno não é exclusivo do governo Dilma e nem de “governos do  PT”. Mas que agora se acirrou em face da luta fratricida pelos cargos  desde o “governo anterior”, ampliando-se os desvios. Ou seja, seu perfil  gelatinoso aparece mais uma vez: o governo anterior teve um presidente e  Aécio o critica sem citá-lo. É assim que ele tenta dizer que faz  política em alto nível. Xinga sua bisavó, mas não cita o nome da  coitada. Hipocrisia. 
Vamos por partes. 
Ele reclama que a “faxina” da presidenta Dilma está limitada à mudança de cargos. Mas não ousa pronunciar o adjetivo proibido: corruptores. Tucanos fazem uma oposição seletiva. Quem acusa corrupção (substantivo),  deveria também falar o adjetivo corruptor. Essa foi a missão que as  urnas lhes deram. Uma faxina “autêntica”, como ele exige, deveria falar  dos corruptores. Ou sua autenticidade é mera retórica? 
Aliás,  o governo FHC, o qual liderou na Câmara, foi o campeão quantitativo e  “qualitativo” de escândalos de corrupção, e nem meia faxina fez (Pasta  Rosa, Grampos BNDES, Marka FonteCindam etc). Isso sem falar num  Ministério Público Federal amordaçado (Brindeiro, o engavetador geral da  República), numa PF sucateada e num TCU dócil, que são exemplos de que  os tucanos varreram tudo para debaixo do tapete. 
Ao  contrário, Lula criou a Controladoria Geral da União (CGU) que se  tornou referência internacional e adotou medidas saneadoras inéditas:  preventivas e corretivas. Reforçou a PF, ampliou os procedimentos das  auditorias internas de ministérios, órgãos e empresas, além de  disponibilizar todos os dados no Portal da Transparência do Governo  Federal. 
E Aécio ainda tem coragem de citar Minas  como exemplo de prevenção. Tamanha desfaçatez não resiste aos fatos. A  Rádio Arco Íris, os contratos das reformas do Mineirão e do estádio  Independência, o escândalo do Instituto Estadual de Florestas, o  contrato com Hindemburgo Pereira Diniz no BDMG, a manutenção de  “fichas-sujas” do seu governo, no de Anastasia, o Centro Administrativo,  o esquema IPSEMG/FASANO, tudo isso documentado no e pelo Ministério  Público, pelo TCE e pelos registros feitos na Assembleia Legislativa,  através do bloco de oposição. 
Aécio praticou seu  “governadorismo de coalizão”, nos mesmos moldes que Lula e Dilma  praticam o denominado presidencialismo de coalizão. Com uma diferença  decisiva: amordaçando instituições que teriam o papel de fiscalizar e  controlar seus atos de governo. 
Basta comparar imprensa nacional X mineira, TCU X TCE, PGR X PGE etc. 
Finalmente  ele se lembra do tema da mudança dos ritos das medidas provisórias.  Teve ele oito anos para remover as leis delegadas e seus ritos  sumaríssimos em Minas Gerais. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.    
Vi no Boca Digital postagem originária daqui
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