Google+ Aécio Neves, rádio arco-íris e bafômetro A ética pública de Aécio

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Aécio Neves, rádio arco-íris e bafômetro A ética pública de Aécio

Aécio Boa Vida aumentou o tom. Goldman (PSDB), ex-vice de Serra no governo de São Paulo nos inspira neste “Aparte”.
O senador parisiense, aproveitando-se da renúncia de Sepúlveda Pertence à Comissão de Ética Pública, resolveu colocar as manguinhas de fora. Pertence renunciou porque propôs nomes para compor a citada Comissão e a presidenta Dilma, que tem a prerrogativa constitucional de indicar, nomear e substituir, indicou outras pessoas. Simples, republicano e institucional.
Porém, Aécio viu aí uma oportunidade para desafiar o bom senso. Pela sua trajetória pessoal, política e cultural, a prudência recomendaria um pouco mais de cuidado.
Vamos passo a passo.
A Comissão de Ética Pública foi criada, formalmente, por FHC, em 1999. Só foi regulamentada em junho de 2001. E foi modificada em janeiro de 2002. De exercício efetivo de suas funções, no governo FHC: zero. E olhe que os escândalos dos Bancos Marka e Fonte Cindam, do Sivam, da Lista de Furnas, da Pasta Rosa e tudo o mais envolvendo a “privataria tucana” estavam fresquinhos!
A Comissão de Ética Pública só teve funcionamento real, com estrutura, funcionários e aprimoramento em suas normas, pelas mãos do ex-presidente Lula.
O mesmo ocorre com a Controladoria-Geral da União – CGU – que só teve funcionamento efetivo após 2003.
Por falar em 2003, esse foi o ano em que Aécio começa a governar Minas Gerais. Pesquisem: de 2003 até 2012, há algum indício de algo parecido com a CGU e com a Comissão de Ética Pública no governo estadual?
Não. Nada. Se houvesse, o “conflito de interesses”, premissa básica da ação de uma comissão de ética, teria afastado dona Andréa Neves do governo, por seus vínculos com a rádio Arco-Íris. Ou o sr. Borges da Costa, presidente da Codemig, que vive a emprestar seu jatinho para Aécio Neves! Ou o próprio Aécio, quando ele se revelou o verdadeiro dono da Rádio, na triangulação concluída em 28 de dezembro de 2010.
E por falar em ética pública, o que se dirá de uma figura investida em um mandato popular, conferido pelas urnas, ser pego com carteira vencida, na madrugada do Leblon (RJ) e se recusar a fazer do teste do bafômetro? Aliás, num Land Rover que acabou revelando o esquema Arco-Íris, que deixou um rastro de suspeições: ocultação de patrimônio, sonegação fiscal e improbidade administrativa.
Esse é Aécio Boa Vida.
Com sua bagagem pesada na vida pública, ele ainda terá de responder por seus privilégios na privada. Na PUC-MG, segundo comentam ex-professores, seus registros escolares são objeto de muita curiosidade.
Alberto Goldmann já alertava: a boa vida do moço é sua herança maldita! E como ele confunde sua vida pública com a privada, seus adversários dentro do próprio PSDB lhes reservam boas surpresas.
Anexo: Artigo Aécio - 2 outubro.docx
Do Minas sem censura

Nenhum comentário:

Postar um comentário