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domingo, 16 de março de 2014
Investigação sobre contrato de Aécio Neves com Valério no mensalão tucano está parado desde 2005
Um inquérito aberto em 2005 para investigar contratos do governo tucano de Aécio Neves (2003-2006) com as agências de publicidade do empresário Marcos Valério está parado nas gavetas do Ministério Público mineiro.
O pente-fino da Promotoria seria em todas as operações que as duas
agências de Valério (SMPB e DNA) mantinham com o governo de Minas, na
primeira gestão do senador e pré-candidato do PSDB ao Palácio do
Planalto.Quase nove anos desde a instauração do inquérito, não há
conclusão, e o caso, na prática, nem sequer andou.O mensalão tucano
envolveu o governo de Minas, em 1998, quando era comandado por Eduardo
Azeredo.
Segundo a Procuradoria Geral da República, houve desvio de R$ 3,5
milhões de estatais mineiras para a campanha eleitoral de Azeredo, que
tentava se reeleger.
Em razão desses escândalos, o Ministério Público recomendou, em julho de
2005, a suspensão de todos os contratos de órgãos públicos do Estado
com a SMPB e DNA. Assim fez o governo Aécio.
Entre 2004 e 2005, a gestão do atual senador pagou ao menos R$ 27
milhões às agências de Valério (hoje condenado e preso pelo mensalão do
PT) pelos contratos vigentes até então.
A Promotoria pediu ao Executivo cópias de toda a documentação desses
contratos, inclusive notas fiscais, para análise.No entanto, caixas e
caixas de documentos enviados ao Ministério Público ficaram praticamente
intactas.
A promotora Elizabeth Villela, que assumiu recentemente a
responsabilidade por esse inquérito, disse que no último dia 15 de
janeiro remeteu a papelada ao Conselho Superior do Ministério Público
mineiro, que solicitou o envio de todos os inquéritos instaurados até
2007 e que estavam sem andamento.As informações são da Folha
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