Marcadores:
aecio neves,
corrupção,
enriquecimento,
PSDB,
salário
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Aécio Neves recebeu R$ 35 milhões de empresas citadas na Lava Jato
As investigações da Polícia Federal de que empreiteiras citadas na operação Lava Jato depositaram dinheiro de esquemas de desvios na Petrobras em contas legais de campanha eleitoral, abertas e fiscalizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), põem em dúvida a procedência do financiamento político do PSDB, DEM e PSB.
O sistemático vazamento seletivo feito
pela grande mídia esconde a verdade. Pelo menos é o que aponta
levantamento feito pela Agência PT de Notícias no período pós-prestação
de contas eleitoral (28 de novembro). Foram encontrados R$ 35,77 milhões em doações ao senador tucano Aécio Neves, candidato derrotado no segundo turno (26 de outubro) pela presidente Dilma Rousseff.
Esse valor
foi encontrado somando-se item por item as doações declaradas no portal
do TSE por instituições hoje conhecidas por integrarem o cartel
conhecido como “clube
das empreiteiras”, responsável pelo esquema de desvios junto com
doleiros e ex-diretores da Petrobrás, como Paulo Roberto Costa, que
cumpre prisão domiciliar. Doações de caixa dois não estão consideradas
pelo levantamento.
No total, o candidato à
presidente pelo PSDB arrecadou, conforme o levantamento, R$ 222,92
milhões em doações legais na campanha eleitoral 2014. O dinheiro das empreiteiras doado a Aécio Neves corresponde a 16% desse total.
O levantamento apontou que o diretório nacional do PSDB recebeu R$ 174,29 milhões em doações e o comitê nacional financeiro para presidente do partido, outros R$ 201,25 milhões.
A soma dos dois – R$ 598,47 milhões – não pode ser considerada como definitiva porque partes dos recursos
transitaram entre uma conta (do partido) e outra (do comitê) sem
identificar o autor da doação. Ou seja, pode haver, sob a identificação
da origem como “comitê financeiro do partido”, mais dinheiro das
empreiteiras não explicitado ao TSE pela conta “comitê para presidente”.
O “clube” é formado, segundo os
levantamentos da Lava-jato, pelas empreiteiras Camargo Correa, UTC, OAS,
Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix e Toyo
Setal.
Apoio do clube a Alckmin
O governador reeleito por São Paulo, o
tucano Geraldo Alckmin, foi, na oposição, um dos maiores beneficiários
de doações do “clube”. Ele obteve cerca de R$ 8,5 milhões das
empreiteiras, do total de mais de R$ 40,5 milhões arrecadados
individualmente para a campanha ao governo paulista.
Pimenta da Veiga, o tucano
derrotado na eleição ao governo de Minas Gerais pelo petista Fernando
Pimentel, recebeu quase R$ 3,9 milhões do “clube”. No total, Veiga
arrecadou R$ 40,4 milhões. O senador José Serra (PSDB-SP) arrecadou R$
2,53 milhões do grupo denunciado à Justiça. No total, Serra obteve R$ 10,7 milhões em arrecadação eleitoral.
O ex-governador mineiro Antonio
Anastasia, sucessor de Aécio, em 2011, foi eleito senador graças a quase
R$ 1 milhão em doações do grupo de empreiteiras, de um total de R$ 18,1
milhões que conseguiu arrecadar.
O antecessor de Marina Silva na
candidatura socialista, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos,
obteve R$ 1,27 milhão das empreiteiras. Até falecer em um acidente de
avião, em agosto, o TSE havia registrado para Campos doações totais no
valor de R$ 17,6 milhões. Marina só recebeu R$ 48,5 mil de um montante
de R$ 43,95 milhões arrecadados para o PSB.
do B 29
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Safado, ainda critica o PT
Postar um comentário