Google+ Trauma: Até em nota, no Dia do Natal, Aécio chora sua derrota

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Trauma: Até em nota, no Dia do Natal, Aécio chora sua derrota


O senador mineiro e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, criticou, por meio de nota, a edição da Medida Provisória (MP) 704 que autoriza a utilização de recursos da Conta Única do Tesouro no Banco Central para pagar despesas primárias do governo federal.
No início da tarde deste 25 de dezembro, Dia do Natal onde a tradição cristão comemora o nascimento do Menino Jesus, no lugar de publicar uma nota tradicional de Natal desejando felicidade, saúde e votos de prosperidade, o tucano preferiu publicar uma longa mensagem falando do já batido assunto que dominou sua mente durante o ano todo, as tais “pedaladas fiscais” da presidente Dilma Rousseff.
Ohhhh… que grande pronunciamento esse do senhor Aécio Neves que não esquece do seu choro de derrota nem no Natal e pelo visto vai continuar na passagem de ano e durante todo o ano de 2016.

Veja abaixo a íntegra da nota do senador Aécio Neves sobre o assunto:
“Vemos, mais uma vez, e lamentavelmente, o governo Dilma fazer uso de truques contábeis – o uso do superávit financeiro da conta única do Tesouro Nacional – para pagar outros truques contábeis que foram as pedaladas fiscais”, diz Aécio Neves.
O governo da presidente Dilma Rousseff publicou ontem (24/12) nova Medida Provisória (704) que autoriza o uso de recursos da Conta Única do Tesouro no Banco Central para pagar suas despesas primárias.
Repete o mesmo truque que já usou ano passado. Em dezembro de 2014, editou a Medida Provisória 661, que estabelecia no seu Art. 2o: “O superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacional poderá ser destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias”.
O que significa exatamente isso? Autoriza o governo federal utilizar recursos da conta única – recursos de contribuições arrecadadas no passado e que não foram gastas nas finalidades específicas e ficaram na conta única rendendo juros – para pagar despesas primárias, que são os gastos com as políticas públicas.
Este ano, portanto, o governo Dilma volta a editar a Medida Provisória autorizando o uso do saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional para pagar tanto despesas primárias quanto as pedaladas fiscais.
Importante notar que a nova MP foi publicada às vésperas do feriado de Natal. No ano passado fizeram o mesmo com o envio por MP das mudanças propostas no seguro desemprego, abono salarial e pensões. É um governo que pede um novo voto confiança aos investidores, mas que, na manhã seguinte, volta a se aproveitar de um momento em que a imprensa e a sociedade estão desmobilizadas para publicar atos polêmicos.
O recado está claro: tudo indica que o governo federal usará novamente uma manobra fiscal para fazer frente a suas despesas. O saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional deveria ser usado, no entanto, apenas para o pagamento de dívida pública, como estabelece a Lei 11.943, de 28 de maio de 2009.
Ocorre que para o governo fazer uso de recursos da conta única para pagar despesas atrasadas seria necessário que tivesse arrecadação primária superior à despesa primária, o que não é o caso, pois o próprio governo projeta um déficit primário de R$ 60 bilhões este ano, sem o pagamento das pedaladas.
De acordo com as boas práticas contábeis, despesas primárias (despesas não financeiras) devem ser pagas com a receita de impostos e contribuições. Quando o governo não tem recursos suficientes para pagar suas despesas não financeiras, pede recursos emprestados ao mercado por meio da emissão e vendas de títulos públicos, uma operação que aumenta a dívida bruta e a líquida no ato do pagamento das despesas não financeiras que deu origem ao aumento da dívida.
Assim, no caso do pagamento das pedaladas fiscais, isso não seria diferente. As pedaladas fiscais – dívidas do Tesouro junto a bancos públicos – são despesas primárias (equalização de juros) que não foram pagas no exercício financeiro que a despesa ocorreu.
Uma despesa primária atrasada deveria ser paga com arrecadação de impostos e/ou com aumento da divida bruta decorrente da emissão de novos títulos públicos. Mas quem espera bom senso e transparência de um governo do PT sempre se decepciona.
Vemos, mais uma vez, e lamentavelmente, o governo Dilma fazer uso de truques contábeis – o uso do superávit financeiro da conta única do Tesouro Nacional – para pagar outros truques contábeis que foram as pedaladas fiscais.
25 de dezembro de 2015.
Senador Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB
Fonte NETCINA e

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