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sexta-feira, 2 de junho de 2017
PGR denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção passiva e obstrução de Justiça
Também foram denunciados, mas somente por corrupção passiva, a irmã e o primo do senador do PSDB-MG, e um ex-assessor do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Os três estão presos.
PGR denuncia Mineirinho Aécio Neves (PSDB/MG... por psdbcensuradopeloyoutube
do G1
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta sexta-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o senador Aécio Neves (PSDB/MG) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça (leia a íntegra da denúncia).
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta sexta-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o senador Aécio Neves (PSDB/MG) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça (leia a íntegra da denúncia).
Janot pediu, ainda, "a decretação da perda da função pública para os
condenados detentores de cargo, emprego público ou mandato eletivo,
principalmente por terem agido com violação de seus deveres para com o
Estado e a sociedade."
Também foram denunciados, mas somente por corrupção passiva, a irmã de Aécio, Andrea Neves; o primo, Frederico Pacheco; e o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrela (PMDB-MG) Mendherson Souza Lima.
Na denúncia, Janot pede que Aécio e Andrea Neves sejam condenados a
pagar R$ 6 milhões a título de reparação por danos morais decorrentes de
corrupção (R$ 4 milhões) e reparação por danos materiais (R$ 2 milhões)
causados pelas condutas deles.
A denúncia é baseada nas investigações da Operação Patmos, em razão da qual Aécio foi afastado do mandato parlamentar, e Andrea Neves, Pacheco e Souza Lima foram presos. Eles foram citados nas delações premiadas de executivos da JBS. O senador se diz "vítima de uma armação".
Um dos elementos da investigação é uma gravação do empresário Joesley
Batista, dono da empresa JBS, que registrou com um gravador escondido
uma conversa entre ele e o senador.
No diálogo, Aécio pede ao empresário R$ 2 milhões a fim de pagar um advogado para defendê-lo na Operação Lava Jato.
A Polícia Federal filmou, com autorização do STF, a entrega por Ricardo
Saud, diretor da JBS, de uma parcela de R$ 500 mil ao primo de Aécio,
Frederico Pacheco, que posteriormente repassou o dinheiro a Mendherson
de Souza Lima, assessor do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Pacheco e
Souza Lima foram presos na Operação Patmos.
A denúncia contra Aécio Neves será analisada pelo relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello,
que vai notificar os acusados a apresentarem defesa. Depois, em prazo
não definido, levará o caso à Primeira Turma do STF, que decidirá se
Aécio vira réu pela acusação.
Aécio é alvo de oito inquéritos no Supremo. Um deles é a investigação
aberta a partir da delação dos executivos e donos da JBS, na qual o
senador foi denunciado.
Há outros cinco inquéritos abertos para investigá-lo a partir das
delações dos executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, todos
no âmbito da Operação Lava Jato, e mais dois instaurados a partir das
delações do senador cassado Delcídio do Amaral, que estão sob relatoria
do ministro Gilmar Mendes.
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