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terça-feira, 13 de setembro de 2011
Aécio e a Copa de 2014: Um “mineirão” de irregularidades
Aécio Neves está contando os dias para a Copa do Mundo de 2014. Em seu texto publicado na FSP (12/09/2011) ele diz que faltam mil. Os indícios dos problemas em relação à Copa, no Brasil, seriam os atrasos nas obras dos aeroportos, dos estádios e do sistema viário. Ele reclama do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) que tramita no Congresso e que visa, dentre outras coisas, evitar a combinação de preços entre empreiteiras. Faz eco, dessa forma, com a reclamação... das empreiteiras.
Na
sequência, ele insinua que os atrasos, somados aos problemas de gestão e
planejamento gerariam medidas emergenciais que podem resultar em
corrupção.
Reiteramos ao senador tucano: De te fabula narratus. Essa fábula fala de ti!
Em
meados de junho de 2011, veio a público um relatório técnico do
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, elaborado por auditores,
que apontou gravíssimas irregularidades nas obras do Mineirão. Sabe-se
da diferença entre um relatório técnico elaborado por um servidor
concursado e de carreira, e a opinião do “conselheiro” indicado
politicamente pelo próprio governante.
Os
fortes indícios de superfaturamento, a inexigibilidade de licitação
para um escritório de arquitetura fazer um projeto básico, o próprio
custo desse projeto (cerca de 18 milhões de Reais), pagamentos
antecipados (o que é terminantemente proibido) etc, foram amplamente
noticiados à época. Isso tudo, constatado em uma auditoria feita num
montante ainda restrito de desembolsos realizados.
O
custo inicial das obras do Mineirão ficaria na casa de 400 milhões de
Reais. Estima-se agora que podem chegar a 1 bi! Ou seja, quem é Aécio
Neves para elocubrar sobre gestão, planejamento e transparência? Há,
inclusive, a proposta de uma CPI na Assembleia Legislativa de Minas para
apurar tais irregularidades. Evidentemente, sua base parlamentar impede
a instalação da mesma.
Já
seus elogios aos atributos das Parcerias Público Privadas, PPPs, são
mera abstração “filosófica”. Não há nenhum exemplo de seu governo de que
isso teria sido exitoso. O mais recente escândalo de suas experiências
em PPPs é o que ele e seu sucessor tentam empurrar goela abaixo dos
servidores do Estado de Minas Gerais: a transferência, até por 70 anos,
de um grande edifício pertencente ao Instituto de Previdência dos
Servidores (IPSEMG), localizado numa área nobre da região centro-sul de
Belo Horizonte, por míseros 13 mil Reais mensais, a serem pagos depois
de 30 meses de assinado o contrato. O grupo de seu amigo Fasano, ,
visando a Copa de 2014, assumiria a criação de um hotel de luxo na
edificação. Pesquisas de mercado dão conta de que o preço do aluguel na
citada região, para algo daquele porte, chegaria a 200 mil Reais!
Quem tem um "rabo" do tamanho do Mineirão, deve se cuidar ao falar do alheio.
Vi no Minas sem censura
Vi no Minas sem censura
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