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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Aécio intervém e prefeito do PSB dá mais cargos a tucanos
Senador age para que correligionários ocupem mais espaço na reforma do secretariado da gestão de Belo Horizonte
BELO HORIZONTE - O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), vai abrir mais espaço no governo para os aliados do PSDB na reforma do secretariado a ser anunciada ainda esta semana após intervenção do senador e pré-candidato tucano à Presidência, Aécio Neves.
O clima entre os dois partidos havia "azedado" porque Lacerda queria nomes técnicos em cargos importantes. Chegou a recusar sugestões do PSDB mineiro.
Na cobiçada Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, por exemplo, os tucanos queriam emplacar o presidente municipal do partido, o deputado estadual João Leite.
Apesar de ser correligionário do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, cotado para a disputa pela Presidência em 2014, Lacerda é mais próximo de Aécio. Daí a intervenção do senador tucano ter dado resultado. O próprio prefeito admitiu nesta segunda-feira que abrirá mais espaço para os tucanos. "Está um ambiente tranquilo, sem nenhuma dificuldade", disse Lacerda, referindo-se à aliança com os tucanos.
A "tranquilidade" é tanta que, mesmo sendo do partido de Campos, Lacerda prefere não declarar apoio a uma possível candidatura do correligionário. "Essa é a pergunta preferida", brincou, referindo-se ao questionamento sobre seu apoio em 2014.
"Em 2009, a pergunta era em 2010, como é que vai ficar (seu apoio). Não adianta anteciparmos isso. A prioridade é fazer um bom trabalho de administração do município", acrescentou. A gestão em Belo Horizonte foi classificada por Aécio como "a maior vitrine do PSB" no País.
Com a intervenção de Aécio, além de novos postos os tucanos ainda vão manter cargos que ocupam hoje como as secretarias de Saúde e de Desenvolvimento e a BHTrans, responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte público.
O PSDB ainda reivindica o espaço antes ocupado por petistas, com os quais Lacerda rompeu em 2012, com o aval de Aécio. O PT acabou lançando candidato próprio nas eleições municipais - Patrus Ananias -, que foi derrotado pela aliança de Aécio com Campos, apesar do esforço pessoal de do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora, Dilma Rousseff, na campanha de Patrus.
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