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quinta-feira, 24 de março de 2016
Listão da Odebrecht cita dono do avião de Aécio Neves
Listão da Odebrecht cita dono do avião de Aécio
Diálogo de 19 de setembro de 2014, entre Marcelo Odebrecht e o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, trata de uma doação de R$ 15 milhões para um personagem identificado como "Mineirinho"; os recursos são viabilizados por Sergio Neves, diretor da construtora em Minas Gerais, preso nesta semana na Operação Xepa, para repasse a uma pessoa identificada como "Oswaldo"; ao que tudo indica, trata-se de Oswaldo Borges da Costa Filho, um dos personagens mais próximos ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi nomeado por ele presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) e é um dos donos do jato usado pelo presidente nacional do PSDB para voar pelos céus do País; listão da Odebrecht, que mostra os repasses ao "Mineirinho", teve seu sigilo determinado pelo juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato
Minas 247 –
Uma das prisões da mais recente fase da Operação Lava Jato, batizada
como Xepa pela Polícia Federal, pode trazer problemas para o senador
Aécio Neves (PSDB-MG). Isso porque um dos presos foi Sergio Neves,
diretor da Odebrecht que cuidava dos repasses a um personagem batizado
como "Mineirinho".
Neves foi citado num
diálogo realizado no dia 19 de setembro de 2014, em plena campanha
presidencial, entre Marcelo Odebrecht e Benedicto Júnior, presidente da
construtora. Nele, os dois falam de um repasse de R$ 15 milhões ao
"Mineirinho", que seria feito por Neves a um personagem chamado
"Oswaldo".
Eis um trecho de reportagem de Fausto Macedo sobre o caso:
Alguns
nomes não identificados, contudo, chamaram a atenção dos
investigadores, sobretudo pelo grande volume de recursos que teriam
recebido, como é o caso de “Mineirinho”, apontado como destinatário de
R$ 15 milhões entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas,
segundo as planilhas, teriam sido feitas em Belo Horizonte, capital de
Minas Gerais.
A
quantia foi solicitada pelo diretor superintendente da Odebrecht
Infraestrutura para Minas Gerais, Espírito Santo e Região Norte, Sérgio
Neves, à secretária Maria Lúcia Tavares, que fez delação e admitiu
operar a “contabilidade paralela” da empresa a mando de seus superiores.
O pedido foi intermediado por Fernando Migliaccio, ex-executivo da
empreiteira que fazia o contato com Maria Lúcia e que foi preso na
Suíça.
A
solicitação foi encaminhada no dia 30 de setembro de 2014, 13 dias após
o então presidente da holding Odebrecht Marcelo Odebrecht conversar com
o presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Junior sobre a
“viabilização” de “15” a um destinatário que até então não estava claro
para a PF. “Diante das novas informações ora colacionadas, resta claro
que os ’15’ representam, na verdade, R$ 15 milhões, o total de recursos
disponibilizados a Mineirinho, via Sérgio Neves”, assinala a Polícia
Federal no relatório que embasou a 26ª fase da operação.
Ao que tudo indica, o
"Mineirinho" que recebeu R$ 15 milhões durante a campanha presidencial, e
também depois, é o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Especialmente porque o
pedido de recursos teria sido feito por "Oswaldo", que seria Oswaldo
Borges da Costa, uma das pessoas mais próximas do senador tucano, que o
nomeou presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais
(Codemig). Oswaldo é também dono do avião Learjet que Aécio usa em suas
viagens pelo País (a esse respeito, leia "Dono do Aeciojato ganhou estatal").
Na última terça-feira, a
Odebrecht anunciou o desejo de realizar uma ampla colaboração com a
Justiça, falando de todas as suas doações ao sistema político. Em nota, o
Ministério Público Federal negou estar negociando uma delação com a
Odebrecht. O "listão" da empreiteira, com doações a mais de 200
políticos, teve seu sigilo determinado pelo juiz Sergio Moro, que conduz
a Lava Jato. Se Sergio Neves decidir falar, ele poderá esclarecer suas
relações com "Oswaldo" e as doações de R$ 15 milhões ao "Mineirinho".
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