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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Aécio Neves fará 'Caravanas da Privataria'
Enquanto o ex-presidente Lula planeja fazer Caravanas da
Cidadania no Brasil, para elevar o ativismo político o presidenciável
tucano Aécio Neves (PSDDB-MG) fará viagens defendendo a privatização.
Com mandato de parlamentar pago pelo contribuinte, senador
viajará fazendo campanha pela Presidência
Aécio Neves, em vez de exercer seu mandato de senador, pretende viajar pelo Brasil, fazendo conchavos com oligarquias e "resgatando" o programa da Privataria Tucana implementado no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). Quem paga? O povo que o elegeu para o Senado, já que o senador não abrirá mão de seu salário. Além da imprensa, que dará todo destaque, Aécio terá também espaço nos programas de TV do partido, que serão exibidos em 30 de maio e em 19 de setembro, além dos oito dias de inserções de 5 minutos diários. Como vocês podem notar, a campanha eleitoral 2014 já começou.
O senador tucano será o futuro presidente nacional do PSDB. E já tem agendada, ainda este mês, reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Depois do paulista, Aécio continuará alinhavando ao Sul, ao Norte e ao Nordeste. É objetivo repetir o modelo que o elegeu em 2002 ao governo de Minas, mas, dessa vez, Aécio é o candidato à sucessão de Dilma Rousseff (PT).
O parlamentar carregará na mala promessas como apoio financeiro dos banqueiros privados, insatisfeitos com Dilma por causa da queda da taxa de juros, e que veem em Aécio a esperança da volta dos juros altos. Carregará também o apoio de investidores internacionais que preferem os brasileiros pagando tarifas altas da conta de luz para remeterem mais lucros para o exterior. Além do apoio das petroleiras internacionais de olho grande no pré-sal e na retomada do projeto de fatiar a Petrobras para vendê-la aos pedaços. Aécio já nomeou o ex-genro de FHC, Zylbersztajn, para a Light, para mantê-lo por perto.
Além disso, Aécio tem a oferecer às oligarquias políticas encalacradas com operações da Polícia Federal a volta dos anos FHC, com a nomeação de um Geraldo Brindeiro para procurador-geral da República, e "enquadrar" a PF para fazer como nos tempos de FHC, quando faltava até gasolina nas viaturas, para impedir operações que "constrangessem" políticos da base de apoio dos demotucanos, na época.
Aécio já começou sua caravana da privataria pelo Rio de Janeiro, encontrando-se a equipe econômica de FHC que quebrou o Brasil três vezes. O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan e o economista Edmar Bacha, depois de servirem ao banqueiros, com uma política de juros altos, quando estavam no governo, viraram, eles próprios, banqueiros. O ex-ministro Pedro Malan e o economista Edmar Bacha fazem parte do Banco Itaú, que patrocina o Jornal da Globo para William Waack e Sardenberg criticarem a queda na taxa de juros, promovida pela presidenta Dilma.
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