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terça-feira, 8 de janeiro de 2013
EXCLUSIVO: Relatório da Polícia Federal sobre o “Mensalão do PSDB”
Relatório desvenda ligações de Aécio Neves com organização criminosa do PSDB mineiro e comprova que lista contendo nome de Gilmar Mendes é legítima
Integrantes da PGR encaminharam, segundo eles, com exclusividade para Novojornal um manifesto acompanhado do “Relatório da Polícia Federal” que fundamentou a denúncia do Procurador Geral da República (PGR), Antônio Fernando de Souza, contra o então senador, hoje deputado federal, Eduardo Azeredo como o chefe da organização criminosa responsável pelo desvio de R$ 100 milhões, incluindo empresas estatais para sua campanha ao governo de Minas em 1998.
No manifesto, Antonio Fernando é acusado de ter poupado o então
governador mineiro, hoje senador Aécio Neves. Na página 86 do relatório
da Polícia Federal, documento da Diretoria de Combate ao Crime
Organizado da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros, cita LÍDIA
MARIA ALONSO LIMA que, em seu depoimento, confirmou ter recebido R$ 15
mil do esquema, a pedido do deputado estadual Eduardo Brandão, primo do
senador Eduardo Azeredo.
Ocorre que o ex-deputado já havia falecido e a justificativa de Lídia
Maria Alonso Lima não convenceu a Polícia Federal. Na época do
recebimento do dinheiro desviado dos cofres públicos, Lídia Maria Alonso
Lima trabalhava na empresa COMERCIAL FACTORING LTDA, de propriedade de
Andréia Neves da Cunha. Lídia Maria foi sócia de Andréia Neves, irmã do
governador Aécio Neves da Cunha na empresa TAKING CARE. Tudo isso está
na página 86 do relatório da PF.
Em seu depoimento na Polícia Federal Lídia confessou ter sido usada
para colocar em seu nome rádios e empresas pertencentes à Andrea e Aécio
Neves.
No mesmo relatório, em sua pagina 11ª, a polícia federal relata em
qual documento apreendido fundamentou suas investigações, informando que
seria a mesma “Lista do Mourão”, que vem tendo sua autenticidade
questionada pelo Ministro Gilmar Mendes.
Gilmar apresentou denúncia contra Carta Capital fundamentando-se
na alegação de falsidade. O Relatório da Polícia Federal, esteve
“sumido” desde 2004 na Procuradoria Geral da República e no Supremo
Tribunal Federal.
Novojornal está checando os fatos denunciados e informados no manifesto recebido dos integrantes da PGR para só então publicá-los.
A verdade é que diante do relatório, comprova-se que a lista divulgada por Carta Capital não
e falsa, desta forma merece investigação a presença do nome do Ministro
Gilmar Mendes como um dos beneficiados pelo esquema, dando novo rumo ao
processo do, ”Mensalão do PSDB”.
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